Fonte: O DIA
A entidade Ação da Cidadania levou para o maior conjunto de favela do Rio de Janeiro cerca de 30 mil quilos de alimentos para os moradores da comunidade. A doação corresponde a 150 mil refeições e três mil famílias do Complexo da Maré beneficiadas. A entrega foi concluída nessa sexta-feira (06), com o apoio da ONG Redes da Maré e líderes comunitários.
"A Maré vive um momento de mobilização na batalha contra a Covid-19, mas moradores ainda sofrem diariamente com a insegurança alimentar. Então a Ação da Cidadania retornou essa semana ao conjunto de favelas para levar, mais uma vez, solidariedade para famílias que precisam de ajuda”, explicou Kiko Afonso, diretor-executivo da ONG.
As cestas foram distribuídas nas 16 comunidades que integram o conjunto de favelas, hoje maior que 96% dos municípios brasileiros, segundo censo da Maré, de 2019. Para a diretora da Redes da Maré, Eliana Sousa Silva, a fome é uma demanda urgente e veloz nas favelas e periferias nesse momento ainda cruel da pandemia.
“Percebemos um grande número de famílias que seguem em contínua necessidade por alimentos e itens de higiene pessoal e de limpeza. Com o apoio de parceiros, conseguimos arrecadar doações para poder realizar ações de distribuição dessas cestas básicas. O desafio é grande e seguimos trabalhando para enfrentar juntos o impacto da pandemia e da falta de assistência e políticas para essa população", diz Eliana.
A ação na Maré é parceria com a Rede Voluntária Vale, plataforma de voluntariado da empresa, aberta a toda a sociedade, que conseguiu arrecadar R$ 2 milhões em doações via matching. Ou seja, a cada R$ 1 doado pelo site da Rede Voluntária, a Vale fez uma doação de R$ 10. A Ação da Cidadania é a entidade parceira da Vale neste projeto. Além do Rio de Janeiro, os alimentos também estão sendo entregues nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Maranhão, Pará e Mato Grosso do Sul.
“Essa união com a Vale com certeza transformou a vida de muita gente, garantindo comida na mesa das pessoas e resgatando um pouco da dignidade. Que essa ação estimule outras empresas e organizações a se engajarem no combate à fome”, concluiu Kiko Afonso.